terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trinta dias





Tempo, indefinido, dizem até não existir.
Arrastado, perdido, sempre a nos confundir.
Artifício impreciso das luas e gestantes,
abstrato, indeciso nos últimos instantes.
Voa, escapa, esvai, urge, corre, trai.
Ceifa o inocente, frutifica o maduro.
Revela o presente, espreita o futuro.
Relega o passado, memórias, razões.
Desfaz o sonhado, alegrias, emoções.
Muitos trinta dias vivi ano a ano,
frações arredias de tempo insano.
Os findos agora doeram demais,
tortura por hora, minutos iguais.
Tempo voraz no chorar e sofrer,
por isso incapaz de alguém esquecer.
Sem você nesse tempo fui menos eu mesmo.
Momento a momento, lembranças a esmo.
E não houve sequer um raro segundo
aplacando a falta que você faz no mundo.  


3 comentários:

  1. Um carinho na sua alma e um beijo no seu coração.

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  2. No momento certo, um sonho prenunciará a vinda de um novo amanhã! Apesar de todos os pesares, procure manter a mente limpa e alma bem sã! Beijos no coração, meu irmão!

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