quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Viva la vida




For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call YOUR name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

Se mais não posso, mudei os versos de Viva la vida, a música do Coldplay que ecoa nos meus ouvidos qual um hino, espécie de trilha sonora de uma árdua caminhada de alguns anos. Sigo me perguntando por que a ciência nos abandonou? Enquanto se busca outras respostas não prioritárias, há doenças sem solução.
O estágio atual dos estudos nos assemelha a uma ameba doente com pretensões a viagens espaciais. Em paralelo às ameaças de um mundo materialista a nos açoitar a todos, a vida segue o seu rumo inexorável, sem data de validade conhecida.
Prisioneiros dessa interrogação, permanecemos atrelados ao egoísmo de manter os entes queridos agrilhoados por elos desejados indestrutíveis, ao custo do sofrimento daqueles que tanto amamos. Num apego mais forte do que a consciência, somos dominados pela sofreguidão de preservá-los ao nosso lado a qualquer preço. Tememos pelo desenlace, não aceitamos o rompimento, inobstante a dor e o desconforto de quem precisa partir.
A dificílima decisão me confunde os sentidos, embaçando a visão lacrimejada, abafando o som da súplica sussurrada. Parece nos apequenar ante um repentino antagonismo: a luta persistente dos que nos aliamos às batalhas diárias pela sobrevida tem que dar lugar à resignação da desistência. O desapego se faz necessário para o descanso dos guerreiros. O amor sempre precisa superar o egoísmo, em especial nesse momento. Se a arte de viver tem enigmas a decifrar, o amor tem mistérios a desvendar. E o importante é o verdadeiro amor.

Um comentário:

  1. Mesmo falando em ciência, você me fez lembrar de um trechinho da Prece de Caritas:
    Deus,
    Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vos.
    Dai-nos a caridade pura.
    Dai-nos a fé e a razão.
    Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas um espelho onde se refletirá a vossa santa e misericordiosa imagem.

    Fé e Razão; amor e desapego. Ainda temos muito o que aprender, amigo...

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