Que o mundo não acabou todo mundo
já sabe, até os Maias originais, onde quer que estejam agora. Fica a dúvida se
as altas temperaturas abaixo da linha do Equador representam algum indício
atrasado. Talvez estejamos vivendo o papel do sapo na água em fervura, cozidos
aos poucos para não repararmos e pularmos antes. Nessa curiosa situação,
digamos assim, também não há alternativa. Pular para onde? Então só nos resta a
adaptação ao calor e contar com a sorte do maçarico esfriar um pouco,
permitindo uma sobrevida. Pelo menos para conferir as dezenas da Mega da
Virada. Quem sabe o prêmio não garanta uma reserva num próximo voo da NASA para
Marte? Além do robô Curiosity parecer uma boa companhia, a atmosfera menos
espessa de lá propicia temperaturas de no máximo 20° C. Em compensação, podemos
encarar até -80°C e o ano dura mais onze meses que o nosso. Os famosos ônus e
bônus.
Bem, enquanto isso, vida que segue
por essas plagas terrenas. Com a imprudência dos incautos, convivemos com a
corrupção, os escândalos, os desmandos, as balas perdidas, a
irresponsabilidade, as mortes absurdas, os apagões, enfim, com o preço de viver
nessas paragens. Quem se habilita e reúne condições se muda para outro canto,
onde o céu não é tão azul, onde as montanhas não convivem com o mar e onde as
pessoas não estampam o sorriso nos lábios inobstante as circunstâncias nem
sempre agradáveis. A opção embute o benefício da dúvida, as decisões implicam
numa troca permanente. O sabor do melhor viver traz no seu bojo o apuro do
paladar, a ponderação correta dos temperos, o equilíbrio na balança dos ganhos
e perdas. As concessões fazem parte do processo, afinal, a perfeição não
existe.
Por essas e por outras, nada de
exageros no ano que se avizinha. Como apregoa a sabedoria das avós, parece mais
razoável comer pelas beiradas o mingau quente, sobretudo nesses tempos
cáusticos. Não devemos esperar nada, mas procurar fazer as mudanças desejadas. Elas
começam conosco. Num coro ecoado do canto antigo do Vandré, vem, vamos embora,
que esperar não é saber. Ou então, dance conforme a música. Se os ditames do
destino fogem de nosso pleno controle, nos cabe entrar com a devida colaboração
e evitar as teorias da conspiração. Vamos cuidar da saúde para estendê-la ao
máximo possível, quem sabe resgatar a receita do Niemeyer e da Dona Canô. Nunca é tarde para começar, pois as vantagens
serão proporcionais ao tempo de aplicação.
De resto, meus caros, é desejar um
2013 melhor do que 2012(vade retro) e pior do que 2014. Fazer por onde,
desfrutar das benesses da vida, aproveitar o convívio agradável, amar muito a
qualquer preço, acreditar em nosso poder de transformação e viver intensamente. A propósito, ao
contrário do que defendia a imperdível série Arquivo X nos anos 90, compartilho
com vocês uma frase atribuída a Buda e lida outro dia: “A verdade não está lá
fora, a verdade está dentro de nós”. Portanto, troquemos a esperança pela mudança. Chegou a hora de um salto de qualidade. Vamos saltar juntos.
Feliz 2013!
Let's jump together. Grande Alexandre transformando sabedoria em ensinamentos. Vamos juntos pra um 2013 diferente... melhor e de paz.
ResponderExcluirMuito bom texto, Alex. Mas o melhor está na mensagem: o impulso, o movimento. Talvez o cara que comanda os botões não tenha pensado nisso. Afinal, o tabuleiro de xadrez só tem duas dimensões. Abraço grande, boas energias, uma grande passagem de ano, aos saltos. Nos vemos alí adiante.
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