Em 1976 participei de um
festival de música religiosa, convencido pelo Marcos Borges, meu dileto amigo de infância e parceiro de incursões
musicais. Ele integrava um grupo jovem que
tocava nas missas de uma paróquia perto de casa. A princípio argumentei não ser
capaz de escrever a letra, por não ter a mesma habitualidade dele na frequência
à igreja. Ele acabou me convencendo e compusemos “Carta aberta”, que venceu o
festival diante de um auditório lotado no Colégio Coração de Maria. Na plateia,
ao meu lado, estava a minha namorada Márcia, com quem dois anos mais tarde eu
me casaria. Por coincidência, ela fizera o primário naquele colégio e estava
especialmente feliz. No início dessa semana, minha mãe lembrou-se dessa música
e sugeriu que eu tentasse incluí-la no acompanhamento da missa de trigésimo dia
de falecimento de minha mulher. Entrei em contato com a Flora, responsável pelo
grupo musical que acompanha as missas da igreja de Nossa Senhora do Loreto, e
consegui sensibilizá-la. Meu parceiro tocou a música ontem à noite, durante o
ensaio do grupo, e eles aprovaram a ideia. Hoje às 18:30, durante a missa no
Loretão, caso o celebrante julgue adequado, a belíssima voz do meu parceiro Marcos
fará ecoar meus versos. Minhas palavras, acompanhadas de uma linda melodia, serão incorporadas à celebração cristã. Servirão também de subliminar e singela homenagem à minha
namorada de tantos anos. Elas retratam minha inspiração há mais de três
décadas, mas estão mais do que presentes no momento que vivo agora. Por essa
razão, não importa o credo, as compartilho com vocês:
Quando
eu me sinto sozinho
e
sem forças pra lutar com a dor,
procuro
lembrar do Amor
que
um dia Alguém aqui pregou.
Pois
não desespera quem ora e tem fé,
rico
ou pobre, homem ou mulher,
no
rebanho não há distinção,
eu
sou seu irmão,
estou
pronto a lhe ajudar,
quando
plantar, quando colher,
quando
sonhar, quando sofrer,
quando
ganhar, quando perder.
Pode
acreditar.
Quando
eu cruzar seu caminho,
repare
para onde eu vou.
Meu
guia é um bom pastor
que
o Pai ao mundo enviou.
E
não arrefece quem crê no Senhor,
mesmo
em trevas não sente temor,
pois
recorda o próprio Jesus
que,
à morte na cruz,
pediu
ao Pai pra perdoar.
E
precisamos pensar
que
Ele quis nos mostrar
que
ser feliz é amar.
Pode
acreditar.
Ale, belas palavras... com certeza vai deixar todos bastante emocionados... Que a força de suas palavras impregne o seu espírito... bjos e força ... Suely
ResponderExcluirAlexandre, li seus versos e escutei a linda musica.
ResponderExcluirBela homenagem!!!!, continue assim, mantenha Marcia sempre presente no seu coraçao.
Abraço afetuoso.
Alexandre Costa