Esse quatro já foi seis,
o destino
desatina.
Pois em breve
vira três,
sairá minha
menina.
A casa não
aumentou,
mas perdeu a
primazia.
Parece que
se espaçou,
tanta ausência
a esvazia.
Corredores
alongados
entre
paredes distantes,
tetos mal
enxergados,
pisos não
derrapantes.
Sussurros só
em janelas,
sopro de
todos os ventos,
ruído no
lavar de panelas
apenas em
pensamentos.
Velhas novas
esquinas
de antigas
reuniões,
silentes
como ruínas,
gritantes
recordações.
Passos
pesados, perdidos,
o tempo indo
embora,
fogem dos deprimidos,
buscam a
vida lá fora.
Badaladas de
horas cheias,
um toque na
meia volta,
lembram
cantos de sereias,
reunidas
como escolta.
Dias
teimosos passando,
sol a nascer
e se por.
Histórias se
recriando,
novos casos
de amor.
Recupero as
impressões
nos registros
de família,
em sorrisos,
expressões,
cada peça de
mobília.
No resgatar de
vestígios
vejo sombras
do passado,
meus acordos
e litígios
num diário empoeirado.
A faxina bem
recorrente,
a limpeza do
dia a dia,
fazemos na
alma doente,
na mente quase vazia.
na mente quase vazia.
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